Coordenador:
Dr. Inocêncio de Sousa Gorayeb • E-mail: gorayeb@museu-goeldi.br
Pesquisadores responsáveis:
Oeste do Pará - Dr. Marlisson Augusto Costa Feitosa (UFOPA)
Maranhão - Dr. José Macário Rebelo (UFMA)
Mato Grosso - Dr. Ostenildo Ribeiro Campos (UNEMAT/AF)
Amapá - Dr. Allan Kardec Ribeiro Galardo (IEPA)
Grupo de interesse e diversidade de espécies estimada por grade:
Culicidae (200 espécies) além de Lutzomyia (Psychodidae: Phlebotominae) e Ceratopogonidae.
Papel biológico do grupo:
Os culicídeos são os dípteros mais estudados sob o ponto de vista eco-epidemiológico. Deve-se isso muito provavelmente à circunstância de encerrar organismos animais envolvidos na transmissão de múltiplas infecções ao homem e aos animais domésticos. A família inclui cerca de 3600 espécies (CROSSKEY, 1988). Acham-se distribuídas por aproximadamente 40 gêneros, sendo a área neotropical a que detém o maior nível de endemicidade, uma vez que 27% desses grupos é restrito a essa região biogeográfica (WARD, 1982).
Técnica 1. Armadilhas luminosas
Os flebótomos e maruins (ceratopogonidae) serão obtidos pelo uso das armadilhas CDC. As coletas serão realizadas com o uso de armadilhas luminosas do tipo CDC, no período de 18:00 às 06:00, nos estratos solo e “sub-dossel”.
Unidade Amostral: uma armadilha exposta por 12 horas (18h às 6h).
Desenho amostral: serão montadas 3 armadilhas CDC em cada parcela, por 2 dias, segundo o desenho em 9 parcelas. Uma armadilha de Shannon também será instalada em cada parcela selecionada, por 2 noites. Também serão levados em consideração, na distribuição das armadilhas, os ambientes de parcelas aquáticas, em número de quatro. A amostragem do CDC será de 12 horas.
Técnica 2. Coletas com rede entomológica
As coletas com redes manuais serão feitas no período diurno (7:00h às 12:00h e 14:00h às 17:00 h), por dois capturadores em cada parcela, por 2 dias. A escolha do horário de captura foi em função do comportamento e atividade das espécies a serem estudadas (DEGALLIER et al.,1990).
Dados ambientais adicionais importantes para o grupo: temperatura, pluviometria, umidade relativa do ar e velocidade do vento.
A forma de preservação do material coletado: no campo, após as coletas, o material será acondicionado em recipientes plásticos, rotulados com as informações da parcela: ambiente de coleta, coordenadas e número da parcela. No laboratório, os espécimes coletados serão identificados e posteriormente montados em alfinetes e etiquetados. Os exemplares coletados serão depositados nas coleções do INPA, do MPEG e de outras coleções fiéis depositárias da Amazônia.
Restrições a atividades que prejudiquem o desenvolvimento do protocolo: não há restrições às coletas de culicídeos.
Referências:
CROSSKEY, R. W. Old Tools and New Taxonomic Problems in Bloodsucking Insects. In: SERVICE, M.W. (Ed.). Biosystematics of Haematophagous Insects. Oxford: Clarendon Press, 1988. p. 1-18.
DÉGALLIER, N. et al. Comportamento de pouso sobre partes do corpo humano, em mosquitos da Floresta Amazônica. Diptera (Culicídae). Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi, sér. Zool. v. 6, n. 2, p. 97-108, 1990.
SERVICE, M. N. Mosquito Ecology. Field sampling methods. London: Applied Science Publishers, 1976. v. XII, 583 p.
WARD, R. A. Second Supplement to “A Catalog of the Mosquitoes of the World” (Diptera: Culicidae). Mosquito Systematics, Salt lake, v.16, n.3, Sept. 1984.