75% da cobertura vegetal da Amazônia tocantinense já foi eliminada
O trabalho de conclusão de curso - TCC do acadêmico em Engenharia Ambiental Dieyson Rodrigues de Moura intitulado "ESTIMATIVA DA PERDA DE COBERTURA VEGETAL NATIVA DA AMAZÔNIA TOCANTINENSE ATRAVÉS DE ANÁLISE MULTITEMPORAL DA COBERTURA E USO DO SOLO" sob orientação do Prof. Renato Torres Pinheiro, analisou a perda de cobertura vegetal desta região Amazônica nos últimos 20 anos (1991-2011). Em 1991 a Amazônia tocantinense contava com 38,16% de áreas de vegetação remanescente (florestas ombrófila aberta e densa, floresta estacional semidecidual, cerrado sentido restrito, cerradão e mata de galeria/mata ciliar), atualmente esse valor não passa 23,9%, uma perda de 3535,71 Km2 de cobertura vegetal. Neste mesmo período, a atividade agropecuária que ocupava menos de 43,0% da região analisada em 1991, passou a ocupar 59,0% em 2011. A perda de cobertura vegetal nativa foi mais intensa nas formações Florestais Ombrófilas Abertas, sofrendo uma redução de 12,74% em 1991 para 7,34% em 2011, uma perda de 1338,22 km2 e Florestas Ombrófilas Densas, de 10,66% em 1991 a 6,35% em 2011. O estudo concluiu que as profundas alterações na paisagem da Amazônia no estado do Tocantins colocam em risco a biodiversidade regional ainda pouco conhecida, podendo haver espécies já extintas na região.