Coordenador:
Msc. Jorge Luis Gavina Pereira (MPEG) • E-mail: jorgegavina@museu-goeldi.br
Pesquisadores responsáveis:
Oeste do Pará - Dr. João Roberto Pinto Feitosa (UFOPA)
Mato Grosso - M.Sc. Everton Valdomiro Pedroso Brum (UNEMAT/AF)
Maranhão - M.Sc. Jucivan Ribeiro Lopes (UEMA)
Amapá - M.Sc. Claudia Funi (IEPA)
Num país de dimensão continental como o Brasil, com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento apresenta um enorme potencial de utilização (CÂMARA; DAVIS, 2001).
Os conceitos do Geoprocessamento são materializados nos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs). Os SIGs são sistemas de informação construídos especialmente para armazenar, analisar e manipular dados geográficos, ou seja, dados que representam objetos e fenômenos em que a localização geográfica é uma característica inerente e indispensável para tratá-los. Dados geográficos ou dados georreferenciados, são coletados a partir de diversas fontes e armazenados, via de regra, nos chamados bancos de dados geográficos (CÂMARA et al., 1997).
São inúmeras as aplicações ambientais dos SIGs. Distinguem-se dois grupos de origem: o meio ambiente, incluindo ecologia, clima, gerenciamento florestal e poluição; e o uso dos recursos naturais, envolvendo extrativismo vegetal, extrativismo mineral, energia, recursos hídricos e oceânicos (CÂMARA et al., 1997). Assim sendo, os SIGs representam uma ferramenta importante no estudo da diversidade biológica de uma região.
Neste contexto, no âmbito do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) – componente Inventários Biológicos – foi criado um protocolo específico, responsável pelos dados georreferenciados: Protocolo 16 - Topografia e Cartografia.
Objetivos
Construir e atualizar uma base de dados georreferenciados para os sítios de pesquisa do PPBIO.
O sítio de Pesquisa do PPBIO Amazônia é uma área de 25km2, onde são instaladas 12 trilhas de 5km de comprimento: seis no sentido norte-sul e seis no sentido leste-oeste, formando uma grade. Cada grade possui 30 parcelas permanentes de 250m de extensão, com largura variável, adjacentes às trilhas orientadas norte-sul. O eixo central da parcela segue a curva de nível do ponto da trilha onde a parcela se inicia.
Como objetivos específicos podem ser citados os seguintes:
· Gerenciar as informações resultantes do levantamento topográfico planialtimétrico das grades do PPBio;
· Levantamento de informações georreferenciadas para as grades do PPBio (imagens de satélite, dados de altimetria e drenagem);
· Gerar mapas com base nas informações resultantes do levantamento topográfico planialtimétrico;
· Gerar mapas com base nas informações georreferenciadas (imagens de satélite, dados de altimetria, drenagem) em diferentes escalas.
· Gerar cartas temáticas sobre a grade com dados de topografia, clima, solos e vegetação.
· Associar os vários protocolos de coleta aos diferentes mapas temáticos gerados.
Referências:
CÂMARA, G. et al. Anatomia de Sistemas de Informação Geográfica. Curitiba: Sagres, 1997.
CÂMARA, G.; DAVIS, C. Introdução: Fundamentos de Geoprocessamento. In: CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A.M.V. (Eds.). Introdução à ciência da geoinformação. São Jose dos Campos: INPE, 2001. p.1-5. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/>. Acesso em: 20 mar. 2008.
Observação: este texto foi escrito em coautoria com M.Sc. Ronildon Miranda dos Santos (Bolsista CNPq/DTI - PPBio/UAS).